Esterilização: por que é necessário?

Uma cadela e seus descendentes podem gerar 64 mil cães em sete anos. 

   Só em Curitiba, sem contar com a região metropolitana, estima-se que convivemos com 180 mil cães errantes. São 10 cães de rua para cada habitante. 
   Nos deparamos diariamente com cenas de animais errantes, de idade avançada e/ou com problemas de saúde, perambulando consequente do abandono pela população no meio urbano.
      É comum também filhotes abandonados serem resgatados e encaminhados para adoção sem a devida conscientização. Quando adultos passam a reproduzir e, em muitos casos, a ninhada é abandonada da mesma forma que a mãe. Torna-se um problema cíclico. 
     Em frente a esse caso, o melhor método de controle de zoonoses em centros urbanos é pela esterilização cirúrgica (castração), que ainda é o mais eficiente e seguro, evitando os riscos das patologias decorrentes da utilização de anticoncepcionais. 
      Tumores de mama (neoplasias) e piometras (infecções no útero) tem como melhor método de prevenção a esterilização o mais cedo possível na vida do animal. Apesar da maioria dos casos se manifestar após os cinco anos de idade, a piometra também pode se manifestar em cadelas mais jovens. 
   Há uma mentalidade errônea de que, por atingir mais cadelas que nunca tiveram cria, cruzar o animal evita a doença. Esse não é um método garantido. A única prevenção eficaz é definitivamente a castração cirúrgica. 


O melhor momento para castrar um cão é antes do 8 meses. 
       
 É provado que a incidência de tumor de mama em cadelas cai para 0,5% quando castrada antes de primeiro cio. A castração precoce previne também quase todas as doenças do sistema reprodutor tanto em fêmeas quanto em machos.
     Economicamente, a cirurgia de esterilização em filhotes é muito menos onerosa do que em adultos, pois consome menores quantidades de anestésicos e menos materiais em geral, além de uma recuperação muito mais rápida do que em adultos. 


Seu cão não perde vitalidade com a esterilização.
        
Existem inúmeras lendas urbanas em relação ao animal castrado. Entre elas:

“Cão castrado é mais propenso a ter problemas de saúde.”
FALSO: a probabilidade de pegar doenças não aumenta com a castração. Pelo contrário: a retirada de útero e dos ovários, ou testículos, acaba com a possibilidade de infecções e tumores nesses órgãos, e de complicações ligadas à gravidez e ao parto. Sem acasalamentos, as doenças sexualmente transmissíveis deixam de representar risco. Cai a incidência de tumores da mama.


“Acasalar deixa o macho emocionalmente mais estável.
FALSO: dependendo das disputas, o acasalamento pode até causar instabilidade emocional.

“A fêmea precisa ter crias para manter o equilíbrio emocional.”
FALSO: não há relação entre os dois fatos. O equilíbrio emocional fica completo com a maturidade, que ocorre por volta dos 2 anos nos cães não castrados. Se uma cadela se mostrar mais calma e responsável depois da primeira ninhada, é porque amadureceu devido a ter avançado na idade e não porque se tornou mãe.

“A falta de prática sexual causa sofrimento.”
FALSO: o que leva o cão à iniciativa de acasalar e exclusivamente o instinto de procriar, e não o prazer nem a necessidade afetiva. O sofrimento pode atingir machos não castrados se vivem com fêmeas e não podem cruzar: ficam mais agitados, agressivos, não comem e perdem peso.

“Castrar reduz a agressividade do cão de guarda.”
FALSO: a agressividade necessária para a guarda é determinada pelos instintos territorial e de caça e pelo treinamento, sem ser alterada pela castração.


Esterilização garante qualidade de vida ao seu animal.
       
Além de todas as vantagens em relação a saúde, você garante uma vida confortável ao seu maior companheiro afinal, não há lares para todos.